Hoje vamos falar sobre pinturas com pinceladas soltas. Existem várias técnicas de pinturas e pinceladas que podem ser aplicadas em diferentes tipos de pinturas e materiais.
As pinceladas soltas consistem em ter a precisão na cor, sem a utilização da técnica de esfumaçar para deixar suave o encontro dos tons. Com isso temos a estética de ter um degradê no tom e a mudança de cor em cada pincelada, que de longe se torna uma imagem bem fluida e de perto vemos mais as massas da tinta.
Essa técnica foi muito usada no impressionismo por querer deixar marcado a luz e a sombra, e fortalecer o movimento das pinturas ao ar livre. E como pintavam cenas realistas da vida moderna, eles precisavam retratar precisavam retratar de forma precisas com mínimos reajustes de tons.
E como vamos falar de pinceladas soltas, podemos pensar em usar tintas que consigam deixar de forma mais forte e precisa e suas marcas, como guache, acrílica e óleo que conseguirão melhor esse efeito.
Eu escolhi fazer uma pintura com guache, quase nada de água, assim tendo a tinta mais consistente para o processo.
Um ponto importante é a marcação da pincelada na sua tela ou papel. Dependendo da forma que seguramos o pincel, influenciará no resultado final da marca deixada por ele (Imagem 001).
Por isso deve se treinar a leveza na mão e a precisão ao segurar o pincel. Pincéis redondos ou de língua de gato são ideais para esses processos, assim como pincéis não muito macios.
O ponto chave para conseguirmos as pinceladas é prestar atenção na mistura certa da tinta. Ela tem que ser precisa na cor que você quer colocar, com isso é muito importante entender escolher bem as cores, assim podendo acertar a tonalidade a saturação e cor desejada.
É importante também entender os tons da sua imagem e referência, para que consiga representá-los na tinta (imagem 002).
Por isso antes de trabalhar com cores e com pinceladas é imprescindível o entendimento profundo de tons assim como da luz e sombra.
A beleza dessa técnica é fortalecer o entendimento de massas. O artista deve conseguir entender melhor as formas e como representá-las de um jeito conciso, pois a limitação da pintura por não ter o degradê esfumaçado, não interfere na representação da forma, pelo contrário. As pinceladas marcadas e as massas de cores consegue passar ao espectador essa noção de tridimensionalidade.
Isso torna o movimento e o peso presentes na pintura, caso o artista consiga ajustar os tons e os formatos das pinceladas de acordo a forma daquilo que ele está pintando (imagem 003).
Por isso não se limitem ao pensar em pintura. Precisamos entender além de tons, luz e sombra, pigmento, mistura de cor e vários elementos da arte, também devemos desenvolver as pinceladas e aprender várias formas de representar uma pintura, conseguindo assim atingir de forma precisa o efeito necessário para chegar a expressão da pintura (imagem 004).
Assista, no final desta postagem, o vídeo completo com o tutorial passo a passo!
Texto e Artes: Isabela Flores (Instrutora de Pintura Tradcional e Digital e Concept Art)
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